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Pilates para depressão?

Autor: Dra Caroline Lima da costa e Wellington da Cruz Alvarenga Data: 08/06/2018

Atualmente, a depressão é considerada como um dos maiores males da humanidade. Não é difícil encontrar alguém no dia-a-dia que relata que viveu a dificuldade gerenciamento do humor.

Entende-se que o termo Depressão é empregado correntemente na linguagem, para designar um estado de humor, como tristeza, enquanto uma síndrome, um sintoma, como manifestação também de varias doenças ou de uma somente.

O processo de avaliação clínica do deprimido nos abre um leque de possibilidades de alterações biopsicossociais, compondo assim o quadro do depressivo afetando inúmeras áreas da relação social do paciente. Assim, podemos notar os sintomas da depressão em algumas áreas distintas, tais como, cognição ou pensamento, expressão corporal, humor, aspectos somáticos e vida social.

Para um tratamento mais eficaz que abranja todo o campo da saúde física e mental, é indispensável que o tratamento da depressão seja direcionado e conduzido pela equipe multidisciplinar interligada, para que possa direcionar o olhar ao paciente como um todo, considerando o contexto psicofísico que o indivíduo está inserido.

Além da intervenção do profissional de psicologia, também pode-se encontrar, através de um estudo publicado em 2018 pela Universidade de Limerck na Irlanda, tratamentos de intervenção pela Contrologia, ou atualmente conhecida como Método Pilates.
Esta ferramenta é classificada como um exercício físico de baixa a moderada intensidade, e aborda em sua base os princípios da respiração, centro ou Power House, concentração, controle, precisão e fluidez.
Sendo assim, comprovadamente na literatura, apesar de ainda poucos estudos existentes coligados ao método, é possível reduzir percentualmente os sintomas depressivos (variando de 11 a 81%, 33% a 46%), inclusive reduzindo também sintomas da ansiedade (22,33%), dados considerados estatisticamente significativos.

Para além, pode-se também atribuir outras melhorias através do método como melhora na flexibilidade, equilíbrio dinâmico e resistência muscular em pessoas saudáveis e com dor nas costas. Além de ajudar na prevenção de quedas, aptidão física e estado de humor na população idosa e universitária. 

 

Referência  Bibliográfica: FLEMING, Karl M.; HERRING, Matthew P.. The effects of pilates on mental health outcomes: A meta-analysis of controlled trials. Complementary Therapies In Medicine, [s.l.], v. 37, p.80-95, abr. 2018. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ctim.2018.02.003. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0965229917306118?via=ihub>. Acesso em: 31 maio 2018.

 

Escrito por: Dra. Caroline Lima da Costa - Fisioterapeuta

                   Wellington da Cruz Alvarenga - Psicólogo