Artigos

Como anda a sua autoestima?

Autor: Renata Aparecida Basto Santos Data: 22/02/2017

           Muito se fala sobre os benefícios daautoestima elevada, que ela é um fator importante em nossa vida, que todos precisam ter autoestima elevada entre tantos outros imperativos comuns da modernidade. Não discordo desses imperativos, entretanto, penso que tudo faz mais sentido quando compreende-semelhor o processo de surgimento e construção, o que colabora, o que atrapalha, elementos que considero mais interessantes do que simplesmente indicar um checklist de “coisas a se fazer para ter uma autoestima elevada”, que acabam não se aplicando à todas as pessoas tendo em vista as singularidades individuais.

            Sendo assim, meu intuito com esse texto é trazer algumas informações acerca desse tema sobre o qual muito se fala e pouco se compreende, a começar pelo próprio conceito. O que seria autoestima? Uma série de autores se debruçou sobre o tema na tentativa de conceituá-lo e de maneira sintética, os pontos que aparecem em comum remetem ao fato de a autoestima estar ligada ao modo como alguém se percebe e ao valor agregado a si.

            A autoestima está ligada a informações que vamos processando ao longo de toda a nossa vida.  Inicialmente, lá na infância, se encontram as bases de sua formação já que é nas nossas primeiras relações que podemos viver experiências de confirmação, afetividade e suporte ou de reprovação, críticas constantes e ausência de suporte. O olhar do outro nos constitui durante toda a vida e esses primeiros olhares são importantes por auxiliarem na construção de nosso autoconceito.

            Isso não significa que uma pessoa que foi criticada e reprovada a vida toda por terceiros nunca terá uma autoestima elevada, ela terá que percorrer um caminho maior rumo ao autoconhecimento, trabalhando no desenvolvimento de uma consciência maior de si a ponto de conseguir perceber por si suas virtudes, qualidades e assim poder ter uma autoimagem diferente daquela distorcida atribuída à ela anteriormente por outros ou por si mesma e, assim, não ficar tão exposta à opinião dos outros. O fortalecimento do autossuporte é outro caminho que auxilia no desenvolvimento de uma autoestima elevada, movimentos esses que se tornam mais fáceis durante um processo psicoterapêutico.

            Em suma, autoestima diz respeito à maneira como uma pessoa se vê e também diz respeito à qualidade das vivências junto a outras pessoas e ao significado pessoal atribuído à tais vivências. Vale ressaltar que nem sempre o conceito que uma pessoa possui de si condiz com a realidade e muito menos o conceito que outras pessoas possuem dela é real. Mais uma vez, ressalto a importância do autoconhecimento, para que não se caia nas armadilhas de uma visão distorcida de si, da menos valia, das tentativas de fazer de tudo para agradar aos outros para ser aceito, do perfeccionismo exacerbado,entre outras possibilidades que apontam para uma disfuncionalidade.

            O trabalho psicoterapêutico procura resgatar a espontaneidade de cada pessoa, trabalhar com crenças limitadoras relacionadas à autoimagem e com o processo de construção delas ao longo do tempo, auxiliando assim o cliente a confrontar a visão ideal que possui de si com a visão real, tendo em vista o crescimento e desenvolvimento pessoal. Conheça nosso espaço e, para auxiliar em seu processo de autoconhecimento, agende uma consulta!

 

Renata Aparecida Basto Santos

Psicóloga

CRP 04/40002